domingo, 1 de julho de 2007

Panis et Vini


Paixão! Rima com pão, chão, violão, botijão, tentação, ebulição, perdição, rendição e mais um monte de "çãos" e "ãos" por aí... Não será por acaso. Paixão é o que move. Não há como se ter prazer no que se faz sem a dita paixão! O dito tesão!

Ela é engraçada porque pode ser subjetiva e agir muito silenciosamente. Se há paixão no ar... hum... até coisas corriqueiras, que não têm nada de apaixonantes, acabam sendo por ela contaminadas. Paixão por alguém especial, por pessoas, atividades, profissão, música... não importa! Paixão é paixão!
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Ah! Até uma ida ao dentista, quando se está em estado de apaixonamento, quem liga? E aquele programinha maçante de supermercado em meio a uma multidão de apressados ou, para meu desespero, entre os lentos e sem um pingo de pressa no caixa? Na paz!
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É libido na veia! Lembro-me da época em que eu fazia um curso de formação extremamente apaixonante. Suportar professores daqueles que são um porre, a minoria para minha sorte, acabava sendo divertido e motivo de boas conversas na hora do cafezinho. Decobrir recursos no computador para que as apresentações ficassem cada vez mais interessantes, ferramentas de pesquisa... quantas horas atrás disso! Tudo tinha um sentido maior e completamente anti-estressante, mesmo em face das maiores dificuldades que iam aparecendo. E olha que isso era "só" um curso!
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Assim é a vida, ou deveria ser. Frisson, desejo, empolgação, vontade... São todos elementos que nos levam para frente. Alguém poderá dizer: mas isso também pode nos levar a enganos. Sim, mas e daí? Guardadas as devidas proporções, aprende-se! Vai saber se isso não estava fazendo falta naquele momento...

O medo é algo inevitável em alguma altura desse campeonato. Ele é o outro lado da moeda do desejo, portanto, deixemos esse bichinho lá no lugar dele, sob controle se possível e, no máximo, nos servindo de aliado no sentido dos alertas. Somos providos de bom senso, instinto de autopreservação, experiência e "antenas" mil. Mesmo que tudo isso demore um pouco a contar a nosso favor, é questão de tempo para que surja o equilíbrio. Uma nova ordem de sentimentos.
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As expectativas são ambivalentes, essas sim eu diria que são perigosas. Nós as colocamos onde as desejamos e são elas que nos levam ao céu ou ao inferno. E quem disse que é fácil viver? Fácil não é, sabidamente, mas é bom demais e o objetivo máximo de todo ser humano, mesmo daquele que nega essa realidade, é a busca da felicidade.
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Que seja ela - a vida - então, carregada de emoção, razão e paixão. Isso tudo colocado no mesmo caldeirão dá um caldo dos melhores! A dosagem é você quem regula conforme o que tem para entregar e receber. Para trocar de melhor com o outro, com você mesmo e com a sua vida.