segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Bolo Afogado de Chocolate

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Outro dia vimos essa receita na televisão (programa Mais Você/Globo) e alguém me pediu para ser minha cobaia, afinal esse bolo eu nunca tinha feito. Fiz nesse final de semana numa pausa da minha terrível gripe e dai, o Paulo, também gripadíssimo, provou e aprovou (calma, ele não perdeu o paladar com a gripe...rs). No nosso caso, por motivos óbvios, não nos servimos do bolo com sorvete de creme, mas deve ficar muito bom! Aliás, esse bolo é uma delícia quente ou frio... e prático também, porque já vem com a calda ao ser desenformado.
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Ah, falando em gripe, essa é daquelas que deixa até a alma dolorida! Com certeza deve ter um nome da moda que eu ainda não sei... E como tem gente com essa danada, viu! Aproveitando, vou colocar aqui uma daquelas receitas caseiras para gripe. Ela é boa mesmo para acalmar a tosse, aquela que não nos deixa dormir. É assim: embrulhe um limão com papel alumínio, todo cobertinho, mas deixando o papel um pouco folgado. Leve ao forno (já quente) por 20 minutos. Desembrulhe-o com cuidado para não se queimar (ele estará amarelado), corte ao meio e aperte-o para que o sumo escorra para um copo. Não tem problema se cair bagaço junto. Coloque a mesma medida (do caldo no copo) de mel, misture bem e pronto. O negócio é ir tomando uma colherinha de hora em hora na crise ou na hora de ir para cama. É simples, mas funciona!
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Bem, voltando ao bolo, ai vai a receita e olhando aquela parte que fala para derramar a calda quente no bolo crú, parece que não vai dar certo, mas não tem erro, a foto está aí para comprovar ;)
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. Bolo Afogado de Chocolate

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2 xícaras (chá) de água
2 xícaras (chá) de açúcar
3 colheres (sopa) cheias de chocolate em pó
Misture os ingredientes e leve ao fogo, mexendo bem. Deixe ferver por uns minutinhos para que fique uma mistura bem lisa. Desligue e reserve.

100 g de manteiga
1 xícara (chá) de açúcar
3 xícaras (chá) de farinha
3 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 colher (sopa) fermente em pó
400 ml de leite
Bata na batedeira a manteiga com o açúcar. Em seguida vá adicionando a farinha, o chocolate, o fermento, alternando com o leite. Fica uma massa grossa, bem pastosa. Em seguida coloque-a numa forma fartamente untada com manteiga e jogue por cima aquela calda reservada, ainda quente. Leve ao forno pré-aquecido, temperatura de 180 graus, por 30 minutos ou até que colocando um palito, ele saia seco. Desenforme ainda quente em um prato fundo, com bordas ou em um refratário, e cuidado para não se queimar com a calda.

Dica: quando colocar a calda em cima da massa crua, não deixe de banhar nenhum pedacinho, ela tem que ficar toda molhada.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Torta Holandesa

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Andaram puxando a minha orelha porque não tenho colocado mais receitinhas aqui no blog. Vou tentar colocar as outras coisinhas, mas por enquanto, aqui vai a receita dessa torta que eu fiz no final de semana e que é muito gostosa. Sabe aquela tentação que fica na vitrine de sobremesas? Então, é igual que nem!
Essa da foto está com uma camada mais grossa de chocolate porque a forma é um pouquinho menor (22 cm).
Ah! Tem aquela outra versão com queijo mascarpone, que pode ser com cream cheese, mas essa fica para outro dia ;)
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Torta Holandesa
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Creme
250 g de manteiga sem sal
200 g de açúcar
4 colheres (sopa) de leite condensado
600 ml de creme de leite sem soro (3 latas)
10 gotas de essência de baunilha
1 colher (café) de licor de cassis ou de outra fruta (opcional)
Bata na batedeira a manteiga com o açúcar por 15 a 20 minutos, até a mistura ficar bem esbranquiçada. Depois, vá adicionando o leite condensado, a baunilha e o licor. Desligue e misture o creme de leite com um fuê (ou com a própria pazinha da batedeira).

Cobertura:
200 g de chocolate meio amargo
1 lata de creme de leite
1 colher (sobremesa) manteiga
Derreta o chocolate em banho maria e misture o creme de leite e a manteiga, até obter um creme liso.

Montagem da Torta
- Biscoito maisena
-1 pacote de biscoito Calipso
Forre as laterais de uma forma desmontável (25 cm) com o biscoito Calipso. Em seguida, umedeça o biscoito maisena no leite e forre o fundo da forma. Coloque o creme e leve à geladeira por duas horas.

Por último, aplique a cobertura (fria) e leve novamente para gelar. Fica melhor quando feita de véspera. Essa torta pode ser congelada por até 30 dias.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sementes


Como escrevi há um ano atrás (23/09/2007), essas flores moram aqui em casa já faz uma década e explodem do nada. Surgem repentinamente, num dia de setembro, nesse vaso que parecia estar vazio... terra e pedrinhas.
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Sejam bem vindas as flores, as mudanças, estréias e reestréias.
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Vida nova, tudo novo.
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Tudo novo, mesmo o novo que se repete num ritual como o da primavera. Germinando novas flores de sementes que estão lá, quietinhas e às vezes nem tão caladas assim, fundas na alma da terra, fundas na alma da gente.
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Ah, esse vaso vou levar comigo...!!!
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mudanças...

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Há quem diga, no âmbito da filosofia, que a infelicidade dos homens provém da esperança (nessa frase, Albert Camus). Parece estranho, mas é verdade sob uma determinada perspectiva.
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É verdade quando essa esperança - nociva - nos coloca só no plano das idéias, da idealização... Quando é aquela que paralisa, adia, acomoda e nos deixa esperando até sabe-se lá onde. Já a esperança que nos leva às realizações, é aquela que nasce como um desejo (até aí normal, claro), cresce, toma forma, vira projeto e sai do “papel”; movimenta, sacode, se concretiza de alguma maneira mesmo que, pouco a pouco, vá sendo adaptada e, na maioria das vezes, melhorada!
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Sabemos que a incansável busca pela felicidade faz parte do drama da raça humana, afinal, nada é perfeito, eterno e, além de disso (caramba, como complicamos), nem sempre a reconhecemos como tal! Mas temos a capacidade de encontrar o equilíbrio entre o que somos e o que desejamos... Às vezes com muito esforço, vamos admitir né.

O melhor da história toda: como é bom quando constatamos que a realidade está se tornando melhor do que os nossos sonhos!

Felicidades mil para meu filho que está mudando de universidade, de cidade, indo atrás dos seus desejos! Para você que está perseguindo seus sonhos! Para todos nós que nos inquietamos em busca de paz e da (bem)dita, felicidade!

(gravura: mother and child /gustav klimt)

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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Paella & Cia

Fim de semana delicioso em família! Fomos até Taubaté, chegando na sexta-feira. À noite curtimos um barzinho muito gostoso em Pinda(monhangaba), com música ao vivo e umas torradinhas de entrada que... Nossa! Difícil dizer o que era mais gostoso ali. Acho que tudo, o nosso grupo (já me falaram que ‘grupo’ é coisa de excursão... :p), o lugar e o momento...
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Sábado também, que delícia de dia... café da manhã maravilhoso (minha cunhada caprichou!), churrasco maravilhoso e noite maravilhosa em Campos do Jordão! Gente, que frio! Chegamos lá com a temperatura de 12ºC. De repente 5ºC e quando voltamos, por volta da 1:00 da manhã, já estava 1ºC. Mas que charme de cidade. Tudo muito bonito, bem transado, tranquilidade para andarmos em plena madrugada sem receio de nada... enfim, adoramos o passeio!
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Domingo... Aaah... voltamos para casa! Mas com outros finais de semana planejados, claro! Agora, vou compartilhar uma delícia com vocês... Meu irmão fez no almoço uma Paella na brasa que, sem exagero, estava di-vi-na. Nossa! Eu sei que ele é bom nisso, mas nessa ele deu show! Com a permissão dele e sem maiores comentários, aqui está a receita com as fotos. Bom apetite!
Ah! Essa Paella foi feita na brasa, mas pode ser feita no fogão desde que o queimador seja de tamanho adequado (grande).
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Paella do Minho



Ingredientes

- 4 xícaras (chá) de arroz (prato fino)
- 300 g de peito de frango em cubos
- 300 g de lombo ou pernil
- 3 gomos de lingüiça toscana (sem pele em pedacinhos)
- 400 g de lulas limpas, cortadas em rodelas e com as perninhas- 200 g de camarões médios ou pequenos
- 400 g camarões grandes (para enfeitar)
- 200 g marisco (limpo ou c/ casca para enfeite também) - opcional
- 3 cebolas médias picadas ou raladas
- 3 dentes de alho- 2 pimentões 1 vermelho ou amarelo (1verde sem pele assado p/ enfeite) - opcional- 250 g de ervilha fresca- 5 tomates médios maduros, sem pele picados- 3 colheres (sopa) de salsinha picada- açafrão, páprica doce e picante, sal e pimenta branca a gosto ou 1 envelope 4 g de Paellero*
- 100 ml de azeite- 2 tabletinhos de caldo de galinha
- 2 colheres de chá de sal- 1 copo de vinho branco- cheiro verde picado

(*) Tempero pronto p/ paella (espanhol) normalmente encontrado em bons supermercados.

Modo de Preparo

Caldo: Ferver 6 xícaras de água e adicionar caldo de galinha, ½ copo de vinho branco, 2 ramos inteiros de cheiro verde. Faça um caldo, cozinhando por cerca de 5 min. Reserve e utilize quente p/ o cozimento do arroz.

Picar ½ xícara de pimentão amarelo ou vermelho em quadradinhos pequenos.
Numa frigideira, coloque o azeite, aqueça e vá acrescentando na ordem o lombo de porco a carne de frango (todos já temperados c/ ervas, cebola, sal e pimenta) e a lingüiça. Refogue por cerca de 15/20 minutos (ou até dourar). Acrescente o alho e a cebola picada. Mexendo sempre, adicione em seguida ½ copo de vinho branco. Continue mexendo. Acrescente os pimentões e deixe fritar por mais alguns minutos. Adicione as 4 xícaras de arroz e refogue. Inclua os tomates bem picadinhos, e demais temperos (açafrão, páprica doce e picante, sal e pimenta branca a gosto ou 1 envelope de Paellero) . Adicione o caldo feito com água, salsa e caldo de galinha. Antes de misturar acrescente as ervilhas, lulas e os camarões pequenos (mexa tudo muito bem). Depois de 10/15 minutos, acrescente os camarões e o marisco sobre o arroz. Deixe acabar o cozimento do arroz.
Cubra a paella com papel alumínio.

Se necessário, vá acrescentando água / caldo quente para que o arroz cozinhe bem. Sirva quente em prato enfeitado com tiras de pimentão, salsinha picada e o camarão. - Rendimento - 10 porções.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Tênis x Frescobol

Hoje vou postar um dos meus textos preferidos do Rubem Alves. Mestre em Teologia, foi acusado de subversão e perseguido pelo regime militar em 1968. Foi professor titular da Faculdade de Educação na UNICAMP e no início dos anos 80 formou-se em Psicanálise. Educador, escritor, poeta e grande figura humana. Depois de aposentado, foi dono de um aconchegante bar em Campinas (que eu tive a oportunidade de conhecer), chamado Dali, onde também aconteciam reuniões culturais. Resumindo muito, esse é um pedacinho da sua história. Gosto do seu estilo de escrever, claro e nada preciosista. Simples e direto, fala com maestria sobre os mais controversos assuntos.
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Bem, sem mais apresentações, vamos então a esse belo texto que nos oferece uma visão deliciosa e precisa sobre os relacionamentos... e que nos faz pensar... ;)

Tênis x Frescobol

Depois de muito meditar sobre o assunto conclui que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.
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Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
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Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: `Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?' Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar". Sherazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme "O Império dos Sentidos". Por isso, quando o sexo já estava morto na cama e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade. É o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.
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Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: "Eu te amo". Barthes advertia: "Passada a primeira confissão, 'eu te amo' não quer dizer mais nada". É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: "Erótica é a alma".
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O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
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O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos.
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A bola são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá... Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor.
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Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...

Rubem Alves
(O Retorno e Terno, p. 51 - Editora Papirus)
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quarta-feira, 9 de abril de 2008

Pipoca & emoção

007 A Serviço Secreto de Sua Majestade (On Her Majesty´s Secret Service - 1969) é um filme, de todos os 007 meus queridos, que eu ainda não tinha visto. Vi e gostei muito!
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Nele, James Bond se casa. A história tem um final surpreendente, porém nem tanto assim se pensarmos que um dos seus charmes é aquela capa, que ele veste tão bem aliás, de Don Juan irremediável - se é que se pode considerar isso um charme...
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O tema musical é belíssimo. Uma música romântica composta por John Barry em parceria com Al David e interpretada por Louis Armstrong - “We Have All the Time in the World”. Para mim, tocada nas cenas exatas, ela é o ponto alto do filme.
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Ah, uma curiosidade: o ator que interpreta James Bond, George Lazenby, antes de ser convidado para fazer esse papel era vendedor de carros e às vezes trabalhava como modelo. Ele chegou a ser convidado a estrelar 007 - Os Diamantes São Eternos, filme seguinte da série, mas recusou o convite por acreditar que o agente secreto britânico “se tornaria um anacronismo em plena era de Woodstock”. E eu nem conhecia esse 007... Vai daí que – resumindo muito a ópera – foi inesperadamente agradável passar um tempinho com mais um filme dessa série numa deliciosa e comovente (sim, 007 foi comovente!) sessão pipoca... e muito bem acompanhada, é claro!
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Enfim, para quem ainda não viu, vale a pena!
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A música está aí, é só clicar ;)


quarta-feira, 26 de março de 2008

USO RESPONSÁVEL DA INTERNET

Voltando ao assunto Internet. Ultimamente temos visto algumas notícias na mídia, tristes, que relatam casos de abuso e pedofilia. Aliás, essas notícias são cíclicas. E também esse papo tem estado presente nas famílias porque a nova galerinha, a turminha que até outro dia passava seu tempo entre bonecas e DVD’s infantis, está agora fascinada e cada vez mais presente nesse mundo virtual.
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Vai explicar que focinho de porco não é tomada! A fábula do sapo que se transforma em príncipe nunca esteve tão atual, ou melhor, do príncipe que se transforma em sapo! A magia para isso não depende de bruxas... agora é só iluminar o lado de lá da telinha e pronto! Pode-se descobrir príncipes e princesas sim, mas também orangotangos, raposas, lesmas, toupeiras, antas... enfim, um zôo completo! Acho que o bicho que se encontra mais são os pavões, machos e fêmeas. Nossa, como tem pavão! Tudo lindo, maravilhoso e perfeito – na página 1! Ooops, que me perdoem os bichos! Afinal, não é demais explicar que os bichos não têm maldade. e me referi a eles apenas no sentido figurado.
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Mesmo quem já tem muito tempo de internet não está livre de se enganar com o pretenso brilho de algumas situações ou novidades. Imaginem essa garotada entre “kuts” e “talks”? Sabemos que os adolescentes têm um pezinho na onipotência e que estão numa fase de descobertas bombásticas... Junte tudo isso à internet – combinação perfeita para tirar o sono mesmo dos adultos mais “descansados”.
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Confesso que tenho um pouco de inveja dessa meninada, quem me dera o acesso a tudo isso na minha época de ritos de passagem... ai ai ai! Que é gostoso é e não seria "viciante" se não fosse assim! Se hoje fizessem uma enquete (no céu, claro) para eleger o oitavo pecado capital... hum... não duvido nem um pouco que esse seria o da famigerada “sedução na internet”.
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Enfim, penso que cabe a cada um de nós um pedacinho (ou pedação) de orientação sobre os engodos que podem ser praticados na internet.
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Coloquei aqui o selinho do “Uso Responsável da Internet” que me foi indicado pelo Paulo, do Amadurecendo. Essa campanha é uma iniciativa da empresa GVT em parceria com o Comitê para a Democratização da Informática – CDI e a Fundação Xuxa Meneghel que faz parte do projeto Educando GVT.
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Achei muito legal essa iniciativa e se você também quiser colaborar, o selinho está ai. É só clicar e aderir ;)
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Plug and Play

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Engraçado como, vez ou outra, damos de cara com a diferença que o banal faz no nosso cotidiano. É que às vezes nos acostumamos tanto ao óbvio que ele perde a sua importância! Então, falando do óbvio: em tempos de internet, celulares, telefones dos “Jetsons” (imagem e voz, lembra?) e muito mais... pessoas que não conhecemos e que nem teríamos como conhecer, ganham, surpreendentemente, forma e espaço. Assim como seus sentimentos, pensamentos, desejos e o que mais queiram expor, conscientemente ou não. Temos respostas rápidas, chats em tempo real, a cores e quase ao vivo... sem falar que mandamos um e-mail – a famosa cartinha - aqui e dali já vem a resposta imediata.

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Ai vai um pedacinho de uma música da qual não me lembro o nome e nem quem canta, você sabe?

- Claro! Como você não conhece essa música?
(e me deixa esperando no maior suspense para saber o nome da bendita música, mas o bom é que a música vem junto – yeah!)

Antigamente, e nem tão antigamente assim, a correspondência mais rápida era o telegrama. Telefone era o único meio de se conversar em tempo real... e sem imagem!

Esse óbvio ululante bateu hoje enquanto eu visitava alguns blogs. Acabei me distraindo entre muitas frases que, de cara, faziam todo sentido! Algumas nem tanto e outras que se tornavam interessantes justamente pelos comentários que provocaram. É a tal troca de perspectivas que movimentam as idéias.

Ah! E as mensagens subliminares nos comentários? Essas são criativas, às vezes previsíveis, ingênuas, inteligentes e outras otimistas demais... Adoro essa parte sutil que passa escorregando pelo monitor ;)

Não pude deixar de observar o ressentimento que muitas pessoas têm de relacionamentos frustrados (não só os amorosos) na internet, mas sobre isso vou escrever num outro momento. Penso que o que vale - tanto no real como no virtual - é o quanto você idealiza o outro, o sobrecarrega com suas fantasias/expectativas e o quanto você suporta amar e ser amado. Claro que nesse contexto está incluida a carência de cada um. Se alguém se sente enganado pelo outro, seria interessante se perguntar se isso não foi o que se quis comprar, a mentira velada que sufoca a verdade dolorida, e se, de alguma forma, não era isso que o preenchia naquele momento. Amigos e amores decepcionantes ou felizes têm seu lugar e os que não nos servem mais - plim - vão para a lixeira. Ah, e não vamos nos esquecer de dar um “delete” e esvazia-la! Uma contundente verdade, embora eu não goste de verdades absolutas, é aquela do velhinho que sabia das coisas: o oposto do amor não é o ódio, mas sim a indiferença - Freud.

Eu não posso me queixar, também tive alguns enganos e desenganos, mas conheci meu grande parceiro de vida (e de todos os momentos) nessa loucura de internet justamente quando eu já estava me afastando dela. Lidamos com nossos “senões”, expectativas e receios. Aproveitamos o espaço virtual para uma proximidade, um conhecimento maior, e isso só aconteceu porque houve interesse real e espontâneo de ambas as partes! Sim, de ambas as partes. Pergunto: seria mesmo o virtual que separa - ou une - as pessoas? Não será o virtual um meio como outro qualquer, guardadas as devidas proporções, que está ali para o uso que dele se deseja fazer?

Existem situações que são como papéis que rolam na ventania e outras que são, precisamente, como aqueles papéis que são páginas de um livro. A vida vai nos ensinando a diferencia-las.

Enfim, é fascinante esse mundo “Plug and Play” e eu gostaria de divagar muito mais sobre ele, mas... o timer do forno me avisa que se eu não quiser ver meu bolo queimado tenho que correr! Nesse momento, esse é o real que me chama, tão real que estou até sentindo o cheirinho de laranja!
;)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Open Bar

A escrita nos é uma grande aliada. Ela gera um espaço livre de onde se começa por uma letrinha, evolui num turbilhão de pensamentos e termina em palavras sinceras que rodam, rodam e acabam se revelando.

Eu gosto muito de uma frase que é um pouco adaptação e um pouco conclusão quando se procura entender o inconsciente: “o que não é dito escapa pelas brechas confusas do silêncio”. E é verdade.

Quantas coisas pensamos, colocamos de lado e nos assaltam voltando ao vermos um filme, ou dentro de um sonho maluco ou num momento distraído quando ouvimos uma música?

Hoje aconteceu isso comigo! Tive um sonho e acordei com vontade de escrever sobre ele. Como os sonhos não funcionam numa organização lógica, eles às vezes se tornam muito engraçados, intrigantes... como uma charada que tem uma resposta anotada em algum lugar.

Bem, o meu sonho entrou pelo caminho de como é simples, mais simples do que se supõe, a gente arejar os porões povoados com seres que têm cara de Frankenstein! É só chegar lá e retirar aquela velha e empoeirada máscara de borracha, porque aquilo era só uma fantasia. Essa é uma forma simbólica de falar sobre isso, mas na prática, quando olhamos para o que nos assusta - metendo a mão na cara de borracha - as sombras se dissipam. Venha o que vier, mas o que está lá não é mais uma suposição nascida do medo.

Tenho conversado com meu filho sobre isso. As suposições nos levam a qualquer lugar, podem nos levar ao céu ou ao inferno, como o cogumelo da Alice. Mas os sonhos e o planejamento do rumo que queremos dar à nossa vida... isso sim, nos levam para frente.

Essa foi apenas um momento de parada que daria, acredito, um bom papinho numa mesa de bar... e já que não estamos em uma delas... voilá, santa internet :p

Ah, não contei meu sonho né? Só sei que tinha Frankenstein!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Em tempo...

- Cristina, eu quase dei uma bronca em você outro dia!

- Ué, por que?

- Como você faz um blog e não me avisa? Ainda mais com aqueles textos falando da nossa família, com fotos do yayo e yaya (avós)! Fiquei emocionado quando vi!

- Ah, pensei que você soubesse porque eu já tinha passado para o pessoal com umas receitas e tal... poxa...

- Nossa, levei um impacto quando vi as fotos, sério! Achei demais!

E por ai foi... Esse é só um trechinho da conversa que meu irmão e eu tivemos no almoço de Natal! Daí puxamos o fio das recordações com meu pai também no papo, claro!

Bem, Minho, nem sei quando você vai entrar aqui, mas esse post é só para eu me redimir um pouquinho e fazer uma homenagem a você. Por isso coloco aqui uma foto da gente com o Pluto ainda bebê no colo (no meu colo, embora esse tenha sido um dos seus cachorros preferidos). De quebra, uma foto do yayo e da yaya no dia do seu batizado (depois da festa), nessa o bebê é vc! E para encerrar, aquela nossa com um passarinho no meu braço... coitado do passarinho e da gente, e ainda ficamos olhando para ele - tão meigos! Cada coisa que o papai fazia, lembra dessa né? Pior que essa foi seu sobrinho que escolheu para fechar... rs.
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(e por falar em sobrinho, acho que o meu vai se reconhecer nessa primeira foto!)
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Beijos <3

sábado, 5 de janeiro de 2008

Agradecimento especial...

Hoje vim até aqui para agradecer a indicação e o “selo de Blog de Elite” que ganhei do Paulo (Blog Amadurecendo).

Perambulo pela internet desde 1998, algo por aí, mas para mim esse mundo blogueiro ainda é um pouco novidade! Eu lia alguma coisa aqui e ali... só isso.

Bem, depois que conheci o Paulo, piloto de prova das minhas receitinhas culinárias, namorado e grande parceiro de todos os momentos... pronto! Fiz o meu Blog que nasceu como “Papos e Coisinhas” e está engatinhando como “Open House”.

Ele me incentivou a publicar meus textos e eu tive a idéia de criar um espaço apenas culinário, depois pensei em colocar algo como Culinária e Psicanálise... Hum... também ainda não era isso. Um formato com muita música, cinema, culinária, etc? Ah... Foi indo, foi , foi e ficou assim: assuntos que falam da vida da gente que, afinal de contas, é feita de tudo isso um pouquinho...

Não escrevo com regularidade, mas gosto muito de ter esse espaço, como uma salinha de reflexão e/ou bate-papo lá de casa ou de um barzinho... ou confessionário...rs. É! O nome é o que menos importa, só sei que é muito boa essa coisa de blog :p

Paulo, como também sou suspeita para falar de você e do seu blog, vou dizer somente que, se ainda houvesse tempo para indicar outros 5 blogs, eu ficaria em dúvida porque conheci muitos outros que são uma delícia de se ler, mas o seu seria indicado de cara (o prazo para indicações acabou dia 31/12, conforme as regras do Putsgrilo e eu ainda estou em trânsito!). Adoro seu estilo de escrever e os assuntos que você aborda! Ops... vou parar por aqui :p

Aproveitando que é meu primeiro post de 2008, vou reforçar meu desejo de que esse seja um ano muito especial e cheio de alegrias para todos vocês!

Beijocas