quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Open Bar

A escrita nos é uma grande aliada. Ela gera um espaço livre de onde se começa por uma letrinha, evolui num turbilhão de pensamentos e termina em palavras sinceras que rodam, rodam e acabam se revelando.

Eu gosto muito de uma frase que é um pouco adaptação e um pouco conclusão quando se procura entender o inconsciente: “o que não é dito escapa pelas brechas confusas do silêncio”. E é verdade.

Quantas coisas pensamos, colocamos de lado e nos assaltam voltando ao vermos um filme, ou dentro de um sonho maluco ou num momento distraído quando ouvimos uma música?

Hoje aconteceu isso comigo! Tive um sonho e acordei com vontade de escrever sobre ele. Como os sonhos não funcionam numa organização lógica, eles às vezes se tornam muito engraçados, intrigantes... como uma charada que tem uma resposta anotada em algum lugar.

Bem, o meu sonho entrou pelo caminho de como é simples, mais simples do que se supõe, a gente arejar os porões povoados com seres que têm cara de Frankenstein! É só chegar lá e retirar aquela velha e empoeirada máscara de borracha, porque aquilo era só uma fantasia. Essa é uma forma simbólica de falar sobre isso, mas na prática, quando olhamos para o que nos assusta - metendo a mão na cara de borracha - as sombras se dissipam. Venha o que vier, mas o que está lá não é mais uma suposição nascida do medo.

Tenho conversado com meu filho sobre isso. As suposições nos levam a qualquer lugar, podem nos levar ao céu ou ao inferno, como o cogumelo da Alice. Mas os sonhos e o planejamento do rumo que queremos dar à nossa vida... isso sim, nos levam para frente.

Essa foi apenas um momento de parada que daria, acredito, um bom papinho numa mesa de bar... e já que não estamos em uma delas... voilá, santa internet :p

Ah, não contei meu sonho né? Só sei que tinha Frankenstein!